O presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi submetido, na noite desta segunda-feira (9), a uma cirurgia de craniotomia – procedimento cirúrgico em que uma parte do crânio é temporariamente removida – para conter uma hemorragia intracraniana, decorrente do acidente doméstico que sofreu em 19 de outubro, ocasião em que bateu a cabeça no banheiro.
O procedimento foi realizado no Hospital Sírio-Libanês em São Paulo após o presidente sentir dores de cabeça e passar por uma ressonância magnética intracraniana em Brasília. No exame, foi constatada uma hemorragia e Lula, então, foi transferido para a capital paulista.
Um boletim médico foi divulgado nos perfis oficiais de Lula na madrugada desta terça-feira (10). Segundo o documento, assinado pelos médicos Luiz Francisco Cardoso e Álvaro Sarkis, a cirurgia ocorreu sem transcorrências e o presidente segue internado para acompanhamento médico. Um novo boletim deve ser divulgado na manhã desta terça às 9h.
Lula sentiu mal-estar pela manhã, mas só procurou médicos à noite
Lula estava indisposto desde a manhã anterior, segundo relato de pessoas próximas.
Apesar de lúcido e orientado, estava se sentindo sonolento e com mal-estar. Mas seguiu tocando os compromissos. “Ele só se entregou na última agenda”, disse uma fonte que acompanhou o dia do presidente.
Chegou a resistir, mas acabou convencido ainda em seu gabinete presidencial. Do Palácio do Planalto foi direto ao hospital.
O avião presidencial contou itens de UTI, que não precisaram ser usados. Houve restrição de passageiros. Foram somente os imprescindíveis: a primeira-dama Janja da Silva, seguranças e equipe médica, que contou com um neurocirurgião.