Neste mês de julho, a conta de luz terá acréscimo de R$ 1,88 a cada 100 kW/h consumidos, de acordo com informações da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). A cobrança adicional vai ocorrer por causa do acionamento da bandeira tarifária amarela. A previsão de chuva abaixo de média e a expectativa de aumento do consumo de energia justificam a tarifa extra.
Entenda o aumento
As bandeiras tarifárias funcionam da seguinte maneira: as cores verde, amarela ou vermelha (nos patamares 1 e 2) indicam se a energia custará mais ou menos, sendo a bandeira vermelha a que tem um custo maior, e a verde, o menor.
O cálculo para acionamento das bandeiras tarifárias leva em conta, dois fatores: o risco hidrológico e o preço da energia. E, com a previsão de escassez de chuvas é necessário acionar as usinas termelétricas, que possuem custo maior.
É a primeira vez desde abril de 2022 que a Aneel considera que a geração de energia no Brasil está em condições "menos favoráveis" e opta pelo acionamento de uma bandeira diferente da verde. Há mais de dois anos, independente do consumo de eletricidade por famílias ou empresas, não havia acréscimo no valor da conta a cada 100 kWh consumidos.
O consumo médio de uma casa brasileira localizada na área urbana varia entre 150 kWh e 200 kWh, desde que não haja o uso de ar-condicionado. Dessa forma, é esperado que a conta de luz fique, em julho, até R$ 3,76 mais cara caso se mantenha o uso da energia em condições normais.
"Com o acionamento da bandeira amarela, a vigilância quanto ao uso responsável da energia elétrica é fundamental. A orientação é para utilizar a energia de forma consciente e evitar desperdícios que prejudicam o meio ambiente e afetam a sustentabilidade do setor elétrico como um todo", pondera a Aneel.