A mulher desaparecida por cerca de vinte dias e encontrada insconciente dentro de uma área de vegetação próxima da Prainha Beira Rio, em de Canindé de São Francisco, está sendo investigada por forjar próprio sequestro. A informação foi divulgada pela Polícia Civil nesta quarta-feira (31).
De acordo com as investigações, a suposta vítima foi dada como desaparecida após sair de casa no dia 9 de janeiro e não retornar. Onze dias depois, ela enviou uma mensagem para seu filho informando que teria viajado em busca do ex-namorado e estava correndo perigo.
O homem apontado como principal suspeito foi intimado e compareceu na Delegacia de Itabaiana, informando que o último contato entre os dois ocorreu em novembro de 2023. Ele retornou para ser ouvido mais uma vez no dia 24 e continuou sustentando a versão. Durante o depoimento, o delegado pediu que telefonasse para a mulher e enviasse e-mail, mas não houve êxito no contato.
Já no último sábado (27), policiais militares receberam informação de que uma mulher estava sendo mantida em cárcere na região de mata do município. Depois do resgate e atendimento médico, foi identificado sinais de uma possível fraude.
Segundo o delegado Edvânio Dantas, a mulher alegou ter ficado em um cativeiro a céu aberto, exposta ao sol e à noite, sem alimentação durante os 15 dias. No entanto, não apresentava sinais de desidratação, picadas de mosquito, nem insolação na pele. Além disso, não havia hematomas que corroborassem a narrativa de ter sido amarrada.
Várias imagens de câmeras de segurança foram recolhidas e analisadas, o que permitiu identificar que ela circulava em estabelecimentos comerciais, mesmo durante o período dos supostos desaparecimento e sequestro.
A mulher pode responder pelos crimes de comunicação falsa e denunciação caluniosa.
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INVESTIGAÇÃO