Foto | Divulgação |
A peça Aurora da Minha Vida, se passa em uma sala de aula, em que oito “crianças”, representantes de diferentes segmentos e tipologias da sociedade, são cruelmente moldadas e forçadas a se despolitizar e a repetir modelos sociais, para sobreviver as crueldades de uma escola militarizada. E tem como referência o trabalho de Lars Von Trier, a fim de conceber a estética do “Cenário Infinito” e a simplicidade visual típica do “Dogma 95”, que segue a linha minimalista em detalhes, vestígios e cores.
Segundo o diretor, Cristiano Gomes, o espetáculo além de fazer uma denúncia da ascensão da extrema direita no Brasil, traz reflexões também sobre a crueldade inserida em uma educação militarizada, bem como sobre as possibilidades de mudança, do pensar em soluções mais humanas e prósperas. “Na peça, falamos sobre os oprimidos e sobre as relações de poder, de que forma esses papéis são expressos tanto nos tempos da ditadura, quanto na sociedade atual. O momento vigente trouxe para as relações do dia a dia, situações e comportamentos que não deveriam mais existir, como a normatização das mais diversas formas de preconceito. Escolhemos o texto do Naum, por se aproximar desta reflexão, de uma maneira muito potente e mordaz, que chega a incomodar, e para nós esta é uma das funções da arte, incomodar”, explica Cristiano.
O espetáculo, contemplado pelo Fundo de Apoio à Cultura (FAC), fomento da Secretaria de Cultura do Distrito Federal, fará suas apresentações de forma on line via redes sociais, por conta da pandemia do covid-19.
Serviço:
Transmissões sempre às 20h:30
26/12/21
Youtube: https://www.youtube.com/channel/UC91wEPf-I6CTrtBH1rxLFVg